19 de maio de 2009
Ainda perdida
E se eu lhe disser que para mim o tempo parou em nosso último beijo?
Que eu a procuro no vazio da madrugada, louco de saudade
E você sempre foge ou nunca está.
Te disser que sempre a vejo na penumbra, quase à luz da lua,
Caminhando a só pelo ermo de meus sonhos.
Onde está você, ainda existe?
Minha fé agora se perde a pouco pelos confins de algum lugar,
Vai como o anseio que existe nos olhos cegos do amor.
Surja em mim como a canção no poeta.
Como a poente no fim do dia.
Como um pássaro a penetrar o ar.
Silenciosa, continua a fugir de meu abraço.
Sempre a vejo
Mais ainda foges de mim.
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