19 de janeiro de 2010

noites mal dormidas



O que os astros te disseram quando, afoita, cristalizou todo o espaço?
O que te sussurraram os peixes quando submersa no pélago?
O que cantaram as aves no céu em teus louvores?
Te juravam, cantavam vivas, te elogiavam, eram rumores?
Rumores que idealizam teus encantos, que contentam os teus lábios, que aprisionam teu amor.

Não perca nunca a soberania dentre as outras, o seu horizonte incalculável de perfeições. Não perca nunca tua embriagante voz, seus dramas efêmeros, seu ar de natureza. Teus cabelos são como uma cascata natural, e de natural tem-se completa, cada filamento de teu corpo. Tem em si fumegantes rosas despetaladas, que exalam o aroma de um campo, és um tênue riacho, onde habitam peixes e as aves se fartam, onde a margem é coberta de árvores, como um guarda-Sol vivo.

Te quero em cada gota de uma chuva, e que dancemos na chuva, com a música que as gotas tocam no teu corpo

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