Meu caro amigo, lhe escrevo essa epístola ironicamente, pois tive além de minha manhã uma noite irônica. Pela manhã, testes infelizes que nos angustiam antes e depois de seu resultado, fontes de saber que confundem nossas mentes na tentativa de nos preparar para a vida, líderes capachos de outros líderes e sempre com olhares suspeitos, servos capachos de outros servos que sem autoridade alguma se iludem ao tentar mandar em algo. Precoces antecipam o resultado de uma partida de futebol, vadios resmungam sempre que possível, e, aqueles que não gostam de trabalhar dormem, dormem e fingem que dormem. Sim, falo da escola. Alguém sente orgulho por isso, além do mais, é uma grande escola, livre de qualquer opinião do povo, é uma escola.
A noite fora boa embora tenha começado pela tarde, porém ao pensar que pessoas se escondem atrás de suas malditas e pecaminosas sugestivas proezas que de fato não são proezas e sim posses, tudo torna-se tão irônico novamente. O menino rico se faz de periférico enquanto periféricos fogem de sua dura realidade diária, o trabalho árduo de um menino pobre pode parecer tão malandro para um menino rico, tão pacífico ou tão violento.
É, aquele equilíbrio que nós tanto procuramos, nada a declarar sobre ele. Além do mais atrás de cada dia podemos retirar um elemento de experiência, um fragmento de boa ação da humanidade ou até regredir o pensamento em relação ao mundo, ou em relação a pessoas que nele habitam. Porém nada disso aconteceu.
Entende que meus antigos textos falavam explicitamente de amor e agora proso amor em segundo plano?Ah, o amor, elemento diário com nutrientes necessários para vivermos bem e suspirarmos a cruel realidade do mundo, porém, observar essa realidade com outros olhos, olhos mais penosos, olhos de amor.
Meu caro, lembro-te em todas as minhas orações
lembra-te de mim em suas.
- Felipe, ou, como desejar.
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