16 de janeiro de 2010

soneto fremio

Hoje amor, patina o tempo em mera saudade
mesmo ainda perto, sem que as trevas nos separem.
Hoje penso em ser o que não fui ontem, e que apesar
dos muito apesares, romperei tudo por ti.

Romperei tudo porque muito te amo; sobre e além
dos náufragos em alto mar; dos exaustos viventes;
dos exaustos falecidos; das ladeiras povoadas;
da qualidade ardente de Vinicius.

Te quero pois assim Deus quer, sem refugar.
Apenas quero viver o essência que há em ti,
toda essência dos teus olhos, sem mais.

Seus olhos submergem no oceano quando quietos,
num oceano límpido e álgido, aflito
e cheio de vida: que tanto quero mergulhar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário