23 de fevereiro de 2010

humanidade

Horas perdidas em abismos
Em abismos flutuantes de areia
Cujo surgem lírios e sereias,
Cujo sonho sem dormir.

E quando sonho vejo.
Sem olhos se quer, vejo
Vejo cintilantes criancinhas
Que dormem satisfeitas.

E dormem trapaceadas
pela próprio sono
que fraudou a fome.
Satisfeitas, porque dormem.

A verdade é justa:
Como a primavera que da rosas
Como magros riachos
Como sonhos inconcretos.

Tão justa quanto merecemos estar vivos.



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