Em abismos flutuantes de areia
Cujo surgem lírios e sereias,
Cujo sonho sem dormir.
E quando sonho vejo.
Sem olhos se quer, vejo
Vejo cintilantes criancinhas
Que dormem satisfeitas.
E dormem trapaceadas
pela próprio sono
que fraudou a fome.
Satisfeitas, porque dormem.
A verdade é justa:
Como a primavera que da rosas
Como magros riachos
Como sonhos inconcretos.
Tão justa quanto merecemos estar vivos.
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