27 de maio de 2009

A borboleta de meus olhos

Um vôo aberto cruzando as entrelinhas de órbitas cruas de jovens sonhadores. Uma breve reflexão do que passa em mentes depravadas de jovens que como todos não passam disso.

Asas batendo rumo ao mundo. O gosto vil que os outros tanto falam, supunha que era falso. Falso? Além das síncopas impostas em meu sábio caderno que transbordam um ritmo contagiante, como o vôo da borboleta. O ligeiro vôo da borboleta, pausado, porém ligeiro. Suas asas supostamente abertas que se assemelham a dois grandes e arregalados olhos em prol da falsa presença do predador. Antenas curvadas em diversas voltas e os pézinhos cobertos de pólen, pronta para fazer seu papel natural.

O vôo não faria sentido sem o pouso. Sutil, arredio, sombrio, ao léu, mergulhado em um foco, como os olhos, como os meus.

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