11 de maio de 2009

Volátil





Costumo me desviar do olhar dos que me focam promiscuamente e correr em direção ao inocente. Minto. Um leve escape para fugir da realidade. Fujo, porém em profundas ilusões e sonhos alucinantes: Trago uma marca no tornozelo (um pássaro, para ser mais detalhista) e todos que vivem comigo além dos cães que não estão em suas formas de cães, carregam-na também. Um dia chuvoso e calmo, normalmente me banho de acordes em dias como esses, que sempre me fartam de seu tédio e me deixam arredio, porém há uma diferença por ser domingo.

No domingo a cegueira encobre os fracos de espírito e é completa em seus traidores, uma vertigem que ocorrera pela falta de mundo térreo e excesso de céu e as cláusulas mal lidas de um contrato com Deus agora são reveladas e descobre-se que não há contrato. O poente é visível nos olhos de todos, inclusive dos mais próximos, o desanimo, descaso e tremendo desafeto pela próximo, a dupla face que uma se faz serena e real enquanto a outra é amarga e mais real ainda.

O templo é doce, tão doce que se tornou vil, a presença é necessária, tão necessária que falta e a estabilidade é essa tal falta. Uma novidade? Seria o presságio para domingos melhores.

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