20 de janeiro de 2009

Verdadeira face da dor


Empolgado com o novo blog, decido escrever mais um texto.
Enquanto tomava banho a dor me dominou, por ter acidentalmente batido o dedinho contra a porta, ocultei minha dor em um gemido silencioso, gemido esse, que aliviou boa parte da dor, por ter transportado essa dor para a garganta. Garganta essa que me forjou tosse para o dia todo.

Vago de qualquer boa saúde consisti em parar de reclamações ou me juntaria à tropa de velhos rabugentos que gemem sem motivo e tossem por costume e vício, com seus pulmões em estado terminal, fato causado pelo fumo que costumavam mascar e fumar, se é que mascar fumo fazia mal. Talvez esses velhos já estejam cansados de ocultar a dor como ocultei, por isso reclamam o dia todo.

Reclamam e só pensam em si próprios, esquecem de todo o mundo ao seu redor e mesmo estando em situação terminal, julgam ser donos de seus próprios narizes.

Mesmo com muito tempo de vida ainda não aprenderam que a maior dor está naqueles que menos viveram.

Um comentário:

  1. "Isidora, portanto, é a cidade de seus sonhos: com uma diferença. A cidade sonhada o possui jovem; em Isidora, chega em idade avançada. Na praça, há o murinho dos velhos que vêem a juventude passar; ele está sentado ao lado deles. Os desejos agora são recordações."

    Parte de um dos milhares de livros que sempre te falo pra ler!

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