19 de fevereiro de 2009

Outono inóspito




Voam pétalas de rosa que eram minhas
Se esvaem em direção ao breu
percorrem arranha-céus, cruzam construções e viadutos
buscam o fim que é você, o consolo o estável.

Pétalas de rosa cruzam o seu sono e te despertam de um pesadelo assustador, passam pela sacada de sua casa e entram pelo vidro aberto de sua janela, percorrem o caminho que o vento as propõe. Fixam em seu olhar pensativo que trás em seu brilho a incerteza de uma memória falecia. A última lágrima de amor atravessa a sua face álgida e congela no ar. A única pétala restante atropela o caminho da lágrima fazendo-a cair em escombros.

O seu olhar continua o mesmo, reflexivo e divino.
Sempre tão atraente.

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