17 de abril de 2009

Amar-te como nunca



Quem me dera ser seu Sol, brilhar em especial para uma entre bilhões, raiar o dia para poder vê-la uma vez mais. Quem me dera ser teu sonho, um sonho de amor, onde estamos em uma casa de campo com carneiros e cabras que pastam solenes pelo nosso jardim. Quem me dera ser a natureza, para poder observá-la enquanto sou observado por ti. Quem me dera ser tua paz, para acalmá-la e envolvê-la em tempos de guerra. Quem me dera ser teu ar, para que você dependa de mim, para poder vivê-la a cada segundo de seus complexos momentos, chamados vida. Quem me dera ser seu único, seu único e adorado amor, ser o silencio que há em seu deserto e o som que há em seu som, ser o sangue que corre desesperado em suas veias, ser o seu último abraço e últimas palavras de alento.
Não, não és somente sonho, és uma alma real que voa como a andorinha, és também a fome constante que há em meu trêmulo corpo humano. Seja também meu riso que em meus eternos momentos tristes tem sido meu único amigo, seja além de tudo as trevas que plantam a devastação em meu subúrbio inerte. Transborde alegria a mim uma vez mais, sua alegria inescrupulosa e completa que me traz paz, que me traz muita paz. Quem me dera tê-la uma vez mais.
Ouço o fim da primavera, alguém clama por mim.

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