23 de abril de 2009

Um pântano de saudade





E mesmo quando findarem os resquícios de minha esperança e se desfizerem as nódoas marcadas à ferro que teu calor esquentou, ainda serei teu eterno admirador, serei teu eterno doce, teu eterno amor. As lembranças não podem suprir o presente, que lhe falta e me mata, que é presente e ausente, que é triste e contente.

É noite: as folhas murchas sem o Sol e eu em face do meu maior desencanto, a Lua é a única que brilha, além dos vaga-lumes que transitam pelo local, meu revés é que estou sem meu violão para acalmar-me e me tirar da mente a desventura que é você. Eu sei que vou clamar a volta tua, vou chorar a ausência tua, lembrar da voz tua e sobrar a só.

Deitado à grama observo em meio a escuridão um galho, que acaba de nascer, largado pela paisagem, sozinho e desprotegido, é como o amor que é semeado como paixão, cresce o mínimo que seja até ser pisoteado por algo, se forte se refaz e continua a crescer até que um dia se torna uma bela árvore frutífera, ou amor, como quiser.

Mesmo que em prantos o nosso amor não desabroche novamente, não cresça e vire uma bela árvore, serás eternamente a primeira flor que nascera em meu campo, a mais cheirosa, chamativa, a mais viva entre todas.

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