8 de abril de 2009

Ausência



Enfim me livrei de sua triste face de encanto que por um bom tempo me deixou tão feliz e que nesse tempo sem ela, tem me alegrado tanto. E que apesar da saudade tocar forte em meu peito o poder do sorriso ainda pode encobrir o pranto.
Sinto-me contente.

Você encostará tua face em outras faces, buscará calor em outros corpos, acalentará outros corações, enquanto passearei sozinho pelo ermo e apesar da situação serei feliz, não tão feliz como antes, porém serei.
Sinto tristeza.

Até que um dia precisarei de luz, precisarei de calor, precisarei de vida, e você, meu Sol, não será mais meu. A tua presença é o jato de água que falta em minha seca miserável, é o brinquedo quebrado nas mãos de uma criança pobre. Percebo que fui eu quem criou esse poço sem fundo de infinitas mágoas, saudades, lamentos que apenas refletem a minha primeira ação. Quero apenas que floresça em mim uma vez mais, como a fé que tem os enfermos ao se deparar com a morte, como a morte ao se deparar com a vida e como a minha vida a se deparar com você. A saudade é meu lamento.
Ainda sinto as nódoas que tua ausência criou em meu ego.

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