17 de agosto de 2009

Cena de teu drama VIII

Trago-te flores do campo meu amor,
flores de um vivo e intenso azul anil
azul como o céu e como olhos, não os teus,
como a verdade de quando não mentes.

E sempre irradia o Sol com luz e calor
resplandecendo o lírio que tu possuis,
resplandecendo teu olhar de choro
e as lágrimas que viajam teu rosto nu.

Olhe o velho bosque já sem céu nem apelos,
sem ti, que lanças o lírio para longe.
Sou como quem um dia já morreu de dor,

como fim de comédia sem aplausos e risos,
a crua comédia mal sucedida de teu drama
o horror de tua dramaturgia mal interpretada.

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