4 de agosto de 2009

Venta mais I



A ventania assombra os canteiros da cidade
carrega junto, as folhas, flores e canções entoadas.
Pesa como uma garoa acelerada que transpassa
das doses de finas gotas esquecidas pelas nuvens,

para o chão encoberto de flocos de gelo derretido.
Vive como quem não vive só, vive infeliz,
a praguejar as malditas poeiras impostas.
Envelhece enquanto viva e se faz jovem à sua
tardia volta]

Sobrepõe-se a morte que carrega em doenças e
barracos derrubados. Vento que venta a ventania
volumosa, que não varia e vejo, como não vario os Vês.

Palavra invisível que carrega palavras em seu desenrolar
gelado ou refrescante, em sua órbita abstrata e, constante,
como a velha seringueira que dança tua música agradável.

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