18 de março de 2010

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Desprecavido. Já sabia que o vento era mais denso no banco mais alto do ônibus, e assim mesmo me assentei. Mantive contato com o vento até que o vento me traiu.
O pulmão rosnava na constância de um relógio de pêndulo, quando não havia mais hora nem espaço para fugir. Vinha como uma onda de ânsia veloz até subir e ser exalado pela boca.

Todos os ouvidos atentos para minhas tosses.


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