Sua mãe pode tê-lo criado assim, pode tê-lo não criado, pode apenas tê-lo e nada mais. Quem sabe um dia teve uma descoberta trágica ao ponto de levá-lo ao desconsolo eterno, ao ponto de fazer-lhe pensar que o melhor modo de viver é só, distante de toda a maldade que carrega a mais sublime face do homem, que não faz exceções. Tua vida é uma farsa como todas, uma farsa de fardo oculto que destrói. Cede as instâncias da quietude tanto quanto segue a vida numa estrada longa e deserta, sem ter sequer cavalos pra disfarçar a solidão.
Com o tempo ganhou o que sempre quis: um espaço no vão da sala; na escória da sociedade; no limiar das portas; nos degraus de uma escada pouco usada por comuns. Com o tempo ganhou infinitas descrições diferentes por cada pessoa que o observa nos átimos mais confusos, para cada pessoa que ele sorri escancaradamente.
Um perito no que pratica, profissional de fato em ser só e talvez certo. Sabe-se que não há rumo pro rapaz, como não há para todos que criticam tua aparencia crítica. Falar-lhe não fará de ninguém superior, como não o fará superior, mas não tiro a razão do suicídio que é a única saída, o único refúgio para não passar horas mais vestindo a solidão do mundo que o próprio se ausenta.
"Vestindo uma pele branca pálido, debruça sobre os braços cruzados a testa oleosa e os olhos esverdeados, que descansam-se da mordomia de não carregar ninguém em si. E talvez se carregasse, daria piruetas até que o último abandonasse novamente os únicos risos normais que cantam a boca em tratamento..."
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