17 de março de 2009

Resumo de humanidade



Meu caro amigo, lhe escrevo essa epístola ironicamente, pois tive além de minha manhã uma noite irônica. Pela manhã, testes infelizes que nos angustiam antes e depois de seu resultado, fontes de saber que confundem nossas mentes na tentativa de nos preparar para a vida, líderes capachos de outros líderes e sempre com olhares suspeitos, servos capachos de outros servos que sem autoridade alguma se iludem ao tentar mandar em algo. Precoces antecipam o resultado de uma partida de futebol, vadios resmungam sempre que possível, e, aqueles que não gostam de trabalhar dormem, dormem e fingem que dormem. Sim, falo da escola. Alguém sente orgulho por isso, além do mais, é uma grande escola, livre de qualquer opinião do povo, é uma escola.

A noite fora boa embora tenha começado pela tarde, porém ao pensar que pessoas se escondem atrás de suas malditas e pecaminosas sugestivas proezas que de fato não são proezas e sim posses, tudo torna-se tão irônico novamente. O menino rico se faz de periférico enquanto periféricos fogem de sua dura realidade diária, o trabalho árduo de um menino pobre pode parecer tão malandro para um menino rico, tão pacífico ou tão violento.

É, aquele equilíbrio que nós tanto procuramos, nada a declarar sobre ele. Além do mais atrás de cada dia podemos retirar um elemento de experiência, um fragmento de boa ação da humanidade ou até regredir o pensamento em relação ao mundo, ou em relação a pessoas que nele habitam. Porém nada disso aconteceu.

Entende que meus antigos textos falavam explicitamente de amor e agora proso amor em segundo plano?Ah, o amor, elemento diário com nutrientes necessários para vivermos bem e suspirarmos a cruel realidade do mundo, porém, observar essa realidade com outros olhos, olhos mais penosos, olhos de amor.


Meu caro, lembro-te em todas as minhas orações
lembra-te de mim em suas.

- Felipe, ou, como desejar.

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