30 de março de 2009

Por enquanto



A vida chega, só pra zombar de meu fracasso.

Estou amarrado em uma árvore, cinco homens vestidos de morte insistem em me atormentar mortalmente, uma veloz flecha acertou teus pés enquanto você fugia, está caída no chão esperando que eles cheguem até você para amarrá-la também. Eles chegam e te seguram, não te amarram como fizeram a mim.

Lá se vão os cinco homens e você, sendo cruelmente carregada à força, destruo as cordas que me prendiam e desesperadamente procuro-a, já é tarde. Já não sentia no ar o seu aroma, você se encontrava distante, mais distante do que sempre esteve. O vento já era tênue, as nuvens escuras, as árvores sem vida, o mundo sem cor. Tudo era pacato e silencioso enquanto eu tentava encontrar em meio aos versos algo que me lembrasse o teu amor, o tempo passa mais lentamente, as aves desistem de migrar, o sono é eterno e o sonho já não há. Perco-te de vez.

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